Nesta seção, o verso ganha corpo e textura. A xilogravura surge no meu fazer como uma extensão física da poesia: é o encontro da subjetividade do olhar com a resistência da madeira.
Aqui a tinta carrega a memória do entalhe, o rastro da goiva e o contraste entre luz e sombra. Cada estampa é um poema visual que nasce do esforço manual, celebrando o imperfeito e a força daquilo que, mesmo na dureza da matriz, insiste em florescer.
Flávia Redivo é uma artista contemporânea que transita entre a arte visual, poesia e performance. Ela mergulha na experimentação de diferentes linguagens, plataformas e materiais como forma de expressar sua arte abstrata e confessional, considerando sua arte uma obra final apenas quando chega ao olhar do espectator.